A Mulher e os Principais Problemas da Separação

Compatilhar 04/09/2014 por Maria Alice Azevedo Marques Envie seu artigo! Clique aqui!

Nós mulheres, mais românticas, sensitivas e intuitivas desde criancinha somos educadas para casar com o príncipe encantado.

Apaixonadas, casamos.

E não raras vezes sem profissão definida, sem economia própria, enlevadas na casinha de brinquedo conquistada.Pode não  parecer de início, mas nessas hipóteses não raras vezes é trocado o sonho pela dura realidade.

Desfeito o sonho, cuidado, mesmo imersas na dor só aí nos damos conta de que pouca coisa sabemos daquele príncipe agora virado sapo.

Depois do primeiro baque, importante mesmo é não perder o controle de si mesma e agir.

Mas o que fazer? Por onde começar?

Aqui vão algumas dicas.

Antes da conversa definitiva e final, é bom saber coisas do tipo : que trabalho ele tem, quanto ganha, onde estão guardados os documentos importantíssimos, seus extratos bancários, a relação dos bens do casal, a ultima declaração de imposto de renda, os cartões de credito enfim, tudo que possa se precisar, provar o status que a família levava até então .

Estes são exemplos de  documentos que devem ser tirado xerox não importando que o marido fique com os originais.

Porque isso?

Porque com os homens funciona a coisa mais ou menos assim: de inicio “meu bem meu bem “ e depois….. “meus bens meus bens”.

Se não nos precavermos antes, lá vamos nós com os filhos pendurados no pescoço para a casa dos nossos pais, sem um tostão no bolso porque ele escondeu tudo, para parecer o eterno pobre coitado.

Então simplesmente sair de casa pondo o chapéu na cabeça, com os brios feridos não é a melhor alternativa.

Pense, pela lei há dois modos de se separar: amigavelmente ( separação consensual) ou na briga ( separação litigiosa).

Na primeira, tudo é mais simples, e resolve-se num único papel onde se descreve com quem fica os filhos, e como será dividido o patrimonio. Isso é levado ao juiz que homologa o acordo já assinado pelo casal.

Na segunda tudo é mais difícil, e a separação pode levar anos.Isso acontece quando um dos dois não quer se separar e por isso coloca todo tipo de empecilhos para o outro.

Nesse caso entra-se com o pedido de divorcio no nome de um só ( aquele que quer se separar) e o juiz manda chamar o outro para dizer o que pensa e aí começa a briga, mas hoje não se fala mais em culpados.

Geralmente, as brigas são pela divisão do patrimônio,  pela guarda dos filhos ou pela pensão,  porém o divorcio acaba saindo mesmo que o outro não queira.

Mas lembre-se, além da dor imaterial, há a dor material a considerar por isso o ideal é consultar rapidamente um profissional que milite na área de família para lhe explicar todos os meandros da separação, caso a caso concreto.

Pouca gente sabe, mas a divisão do patrimônio vai depender do regime de bens adotado.

Hoje, agressões físicas, morais, adultério, ( será que existe, não) abandono do lar imotivado, são resolvidas através da apuração de danos, ou seja , dos prejuízos que devem ser provados.

Pergunta das mais comuns é saber quem sai da casa e quem fica.

Ficará quem mais rapidamente provar na Justiça dentro da medida cautelar de separação de corpos,  que é o outro que  precisa sair pela insuportabilidade da convivência em comum.

Caso importantíssimo é a mulher saber que em raríssimas vezes  perderá a guarda natural dos filhos, muito embora o juiz pesquise qual dos dois pais tem condições melhores de cria-los, o que não quer dizer muitas vezes, ter mais dinheiro, mas o elenco de atributos concretos e imateriais para faze-lo.

Em igualdade de condições, a preferência é sempre da mãe,  por isso não caiam na chantagem conhecida “ vou tirar os filhos de você”

Aliás, cuidado com outra chantagem também conhecida: de um lado, a mulher negando as visitas da criança  ao pai, e em troca  o homem negando pagar a pensão para sustentar os filhos ou vice versa.

Nessa hora  qualquer tipo de sentimento menos altruísta do qual formos possuídas pela dor ou ciúme,  não resolverá  coisa alguma e só destruirá  a cabecinha dos pequeninos que estarão em um momento muito difícil.

Item vital é o caso de se saber qual a pensão a ser paga a filhos, e excepcionalmente à mulher , ou ao homem, bem entendido,  se necessitar para sobreviver.

A valorização do quanto a pagar está diretamente ligada ao preenchimento do binômio “possibilidade do alimentante” versus “necessidade dos alimentandos”  o que vai depender de extensa prova.

Além dessas questões maiores ainda temos as menores como o nome a voltar a usar, a diferença entre separação e divorcio e quando se pode pedi-lo.

O tema não se encontra aqui esgotado mas resumidamente, o mais importante é não se deixar aniquilar pela dor do momento e agir obtendo o maior numero de informações possíveis junto ao profissional habilitado.

Feito tudo isso e muito mais, provavelmente você sairá do casamento sofrida sim, mas não lesada.

 



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