Amar é Faculdade Cuidar é Dever

Compatilhar 04/09/2014 por Maria Alice Azevedo Marques Envie seu artigo! Clique aqui!

Desde o nascimento da criança é dever dos pais através do poder familiar, cuidar de seus filhos. E a que corresponde esses cuidados ? Certamente, cuidar não é a mesma coisa que educar, assim como tanto os cuidados, como a própria educação envolvem mais de um elemento. Cuidados financeiros, cuidados físicos, educação geral, profissional, moral, sexual, religiosa, e assim por diante, são todos aspectos importantes que resumem o que se chama “ dever de cuidar “ E como fica esse dever quando os pais se separam ? O ideal seria que nesta situação os pais continuassem a compartilhar todos os cuidados com o filho comum, mas infelizmente não é o que comumente acontece. Geralmente, quando o pai sai fora do primeiro casamento, é porque arrumou uma nova esposa, para constituir uma nova família. E é aí que ele se esquece que deixou para trás uma criança que precisa de todos os cuidados apontados, para que cresça física, moral, e emocionalmente feliz. E aonde fica então a afetividade desse pai para com esse filho, quando se trata de pais separados ? Não podemos confundir dever de cuidar, com afetividade: cuidar é um dever, amar é uma faculdade. Porém, essa afetividade tao importante para o desenvolvimento da criança é coisa que se cultiva, ou é coisa que vem pronta ? Muitas vezes essa afetividade murcha, e se extingue pela própria falta de convivência Então, quando se fala em afeto fala-se numa plantinha que deve ser cultivada, cuidada e valorizada E como cultivar esse sentimento estando separado do convívio diário da criança? Não é coisa fácil. Exige do pai nível de consciência, dedicação, e vontade de que o filho que ele um dia gerou, cresça completo, e feliz sem as terríveis marcas da separação que um dia existiu entre seus pais. É necessário em suma, que esse pai reconheça a importância do vínculo afetivo que deve ser criado entre pai e filho, e saiba cultivar essa afetividade diária antes que ela se perca pela omissão do convívio. Por outro lado, não se pode esquecer do reverso desta moeda: é preciso levar em conta que, muitas vezes, aquele que fica com a guarda isolada da criança transfere a ela os sentimentos de ódio e vingança nutridos contra o ex-companheiro, e assim se torna muito mais difícil o desenvolvimento da afetividade desse pai a este filho. O ideal seria que ambos os pais separados se unissem com o objetivo de que essa afetividade não ficasse perdida nos meandros do sofrimento da própria separação



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