As escolhas de uma vida

Compatilhar 20/02/2014 por Maria Alice Azevedo Marques Envie seu artigo! Clique aqui!

As Escolhas de Uma Vida

    (Pedro Bial)

     A certa altura do filme Crimes e Pecados, o personagem interpretado por

    Woody Allen diz: “Nós somos a soma das nossas decisões”. Essa frase

     acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu.

    Compartilho do ceticismo de Allen: A gente é o que a gente escolhe ser.

    O destino pouco tem a ver com isso.

     Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção, estamos descartando

    outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou

    chamar “minha vida”.

     Não é tarefa fácil. No momento em que se escolhe ser médico, se está

    abrindo mão de ser piloto de avião. Ao optar pela vida de atriz, será quase

    impossível conciliar com a arquitetura.

    No amor, a mesma coisa: Namora-se um, outro, e mais outro, num excitante

   vaivém de romances. Até que chega um momento em que é preciso decidir entre

   passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando

   amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou casar, e através do

  casamento fundar uma microempresa, com direito a casa própria, orçamento

  doméstico e responsabilidades.

   As duas opções têm seus prós e contras: Viver sem laços e viver com

   laços…

   Escolha: Beber até cair ou virar vegetariano e budista? Todas as

   alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas.

   Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, ser

   casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter filhos

   quando se está bem-disposto.

   E não tê-los quando se está cansado.

 Por isso é tão importante o auto conhecimento. Por isso é necessário ler

muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao

 que acontece em volta e não cultivar preconceitos.

 Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o

que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho:

 Ninguém é o mesmo para sempre. Mas que essas mudanças de rota venham

para acrescentar, e não para anular a vivência do Caminho anteriormente

 percorrido.

 A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira,

mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as conseqüências

destas ações. Lembre-se: A escolha é sua…



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