Dia Internacional da Mulher

Compatilhar 26/02/2011 por admin Envie seu artigo! Clique aqui!

São Paulo – As mulheres têm muito a comemorar neste Dia Internacional da Mulher (8 de março). Nos dois últimos dois anos, pesquisas mostram que no Brasil elas já representam 46% dos empreendedores do país (Global Entrepreneurship Monitor-GEM-2003) e sua participação no mercado de trabalho da Grande São Paulo atingiu 55,5% das mulheres com dez anos ou mais empregadas ou a procura de emprego, o maior desde 1985 (Fundação Seade-2004).

Além disso, as mulheres já detêm 48% dos cartões de crédito em circulação no País. Segundo a Credicard, 25,4 milhões de cartões tinham mulheres como primeira titular em 2004 – um crescimento de 32,9% em relação aos 19,1 milhões de 2002.

Outro dado interessante, segundo o Boletim Mulher & Trabalho, divulgado pela Fundação Seade no início de fevereiro, é que a taxa de desemprego das mulheres na Região Metropolitana de São Paulo diminuiu para 21,5% da População Economicamente Ativa feminina em 2004. A redução de 6,8% foi superior à registrada entre os homens (5,5%). Com esse desempenho, a desigualdade entre as taxas de desemprego de mulheres e homens é a mais baixa desde 2000.

Apesar dos números positivos, as conquistas ainda estão longe do satisfatório. A redução maior do desemprego entre as mulheres não se refletiu na questão salarial no ano passado. Elas continuam ganhando menos do que os homens. E pior, aumentou a distância entre os rendimentos de homens e mulheres no mercado de trabalho da Grande São Paulo no ano passado, segundo o Boletim da Fundação Seade. O valor recebido por hora pelas mulheres (R$ 4,74) representou 77,9% do salário dos homens. Em 2003, essa proporção era de 78,6%.

Problemas à parte, muitas mulheres fazem a diferença no dia-a-dia dos indicadores econômicos brasileiros. Exemplos como o da empresária Marli Silva Duobles, da Bicho do Pé, de São Caetano, estão tornando-se referência no País. Professora de uma escola infantil, ela deixou em 1990 a escola para dedicar-se integralmente à confecção de chinelos de quarto, depois que irmã deixou a sociedade.

Descobriu logo depois um nicho de mercado que mudaria a sua vida: os calçados infantis. Uma prima, dona de uma loja de roupas para criança, pediu que desenvolvesse uma coleção de sapatos que combinassem com as roupas. Quando as butiques infantis multiplicaram os pedidos, a empresária percebeu a brecha do mercado. Nascia a Bicho do Pé, que hoje cria modelos exclusivos para várias grifes, além de produzir para sua própria marca, com uma linha para recém-nascidos e numeração até 36.

“Estamos sempre inovando. Trabalhávamos até o 25, mas as pesquisas mostram que as crianças estão cada vez usando números maiores. Por isso, chegamos até o 36”, diz Marli.
Com 25 funcionários fixos, a Bicho do Pé produz sete mil pares de calçados por mês. Já exporta para países como os Estados Unidos, países do Mercosul e Canadá. “Minha primeira exportação foi para o Caribe em 1994. Depois dela, nunca mais parei”.

A parceria entre a Bicho do Pé e o Sebrae em são Paulo também é de longa data. Segundo Marli, a primeira feira foi realizada em parceria com o Sebrae. O Sebrae ajudou também nos projetos de exportação, publicidade, rodada de negócios. “Tudo aquilo que eu necessito tenho à disposição no Sebrae. Infelizmente, por falta de tempo, aproveito os serviços e cursos oferecidos muito menos do que eu gostaria”.

Para 2005, Marli quer expandir o mercado internacional e o interno. Outro objetivo é expandir o número de lojas próprias e chegar ao final de 2005 com quatro unidades.

Serviço
Fundação Seade – (11) 2171.7270
Bicho do Pé – (11) 4229-2438



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