O fenômeno da violência mais a droga

Compatilhar 09/08/2016 por Maria Alice Azevedo Marques Envie seu artigo! Clique aqui!

A violência familiar, aquela ocorrida no lar, cujos componentes são parentes entre si, e com laços até de afetividade, sempre foi a grande desconhecida e temida principalmente pelas mulheres, e seus filhos, como parte indefesa da família, mas quando o agressor além de ter vários problemas psíquicos acrescenta o uso de drogas, essa violência parece crescer ainda mais.
Os especialistas garantem que o homem violento nem sempre é usuário, mas o usuário quase sempre é mais violento e irritadiço, não tendo o menor suporte e discernimento para resolver seus conflitos de maneira equilibrada.

O profissional de Saude por isso deve saber fazer corretamente o diagnostico desse homem, e o encaminhamento adequado para o melhor tratamento a ser feito. Eles dizem que após o período que se segue a um episódio de violência é oportuno sensibilizar o dependente para que aceite ir para as clínicas especializadas com psiquiatras e/ou psicólogos, conforme a necessidade, visto que muitas vezes a pessoa se encontra invadida por sentimentos de culpa, e renova promessas de mudanças que podem ocorrer. Por isso é a hora dela ser encorajada a participar das reuniões de grupos de mútua ajuda como Alcoólicos Anônimos-AA e Narcóticos Anônimos-NA ou Al-Anon e Nar-Anon para familiares, localizados normalmente nos anexos das igrejas. Existe também o Programa de Justiça Terapêutica do Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher localizado no fórum central da Capital de São Paulo.
Por outro lado, pela ótica da Justiça, o uso de entorpecentes não é escusa para livrar o agressor de sua responsabilidade pelo crime que possa ter cometido, o que ocorre é que o juiz, ao examinar o caso e constatar que o delito foi cometido sob o abuso da droga, poderá aplicar-lhe uma pena mais branda, ou um encaminhamento para o tratamento em vez de reclusão, se o crime for de menor gravidade. No entanto, tudo dependerá do grau de periculosidade que o individuo seja portador.
Assim, em ultima análise, a vitima dessa violência nunca pode se levar a minimizar o acontecido pelo fato do marido ser usuário, ou até ficar com sentimento de culpa por agir, deve sempre DENUNCIAR essa violência, até porque seu agressor quase sempre, se torna um reincidente, acostumado a promessas que nunca acabam por ser cumpridas.
deve sempre DENUNCIAR essa violência, até porque seu agressor quase sempre, se torna um reincidente, acostumado a promessas que nunca acabam por ser cumpridas.

Autora Maria Alice Azevedo Marques



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