QUANDO ESTOU FERIDO

Compatilhar 12/12/2016 por Maria Alice Azevedo Marques Envie seu artigo! Clique aqui!

“Tem misericórdia de mim, ó Deus, porque o homem procura ferir-me…” Salmo 56:1

Uma coisa é certa: Enquanto vivermos neste nosso mundo, vamos enfrentar conflitos nos relacionamentos.
Não há uma receita, ou um modelo, ou um padrão que possa evitá-los. Eles estão ai, sempre à porta de nossa existência.
Podem acontecer por fatores externos, provocados por outros com os quais nos relacionamos. Podem ser fruto de interferências de terceiros, sobre os quais não temos qualquer controle. Mas precisamos admitir que muitos deles são gerados, produzidos e alimentados por nós mesmos.

Aliás, como escreveu um médico e pensador americano do século XIX, Oliver Wendell Holmes: “O que se encontra atrás de nós e o que se encontra à frente são problemas menores, comparados com o que existe dentro de nós”.
Eles podem acontecer em nossas casas, em nossa família, com pessoas muito próximas.
E o que dizer do ambiente de trabalho? Uma vez que trabalhamos com pessoas, as chances de conflitos acontecerem é muito grande.
Em momentos como esse que vivemos, as chances de conflitos acontecerem são evidentes. E a chance de que pessoas e situações por elas provocadas venham nos ferir é muito grande.
Talvez você tenha que administrar a responsabilidade de efetuar cortes em sua empresa. Talvez você esteja se sentindo ou de fato sendo ameaçado por ele. Talvez você esteja sendo injustiçado ou incompreendido. Talvez clientes fieis e leais há tanto tempo o abandonam. Talvez seu esforço e dedicação de tantos anos parecem não valer nada neste momento.

POSSIBILIDADE EMINENTE.
A verdade é que os conflitos são uma realidade e o ser ou sentir-se ferido é uma possibilidade eminente diante desses conflitos.
A questão não é: “Será que vou enfrentar conflitos ou sentir-me ferido diante deles?”, mas: “Como posso resolver esses conflitos da melhor maneira possível quando eles aparecem e como posso tratar as feridas que são abertas diante dessas situações?”
Isso porque, embora a palavra “conflito” possa trazer consigo uma conotação negativa, o conflito em si mesmo não precisa ser de todo negativo.
Por isso, ele não precisa simplesmente “ser resolvido”, como se passar por ele e seguir adiante fosse a essência da questão, ou seu fator mais importante.
A energia produzida pelo conflito pode ser usada para produzir fatores positivos, gerando crescimento e maturidade. Veja esses momentos como uma oportunidade de exercer humildade, bondade e paciência.

CUIDADOS ESPECIAIS.
Um cuidado que precisamos ter diante dos conflitos e quando nos sentimos feridos pela situação, é não permitirmos que isso nos adoeça.
E uma reação muito comum diante disso é o ressentimento.
Isso acontece quando, em vez de deixarmos a dor passar, nós nos apegamos a ela e não a largamos mais. Passamos a nos alimentar da lembrança da ofensa, da injustiça, da traição, da mentira, intensificando assim a nossa dor.
“Nada nesta vida consome uma pessoa mais rapidamente do que o ressentimento”. Friedrich Wilhelm Nietzsche (influente filósofo alemão do século XIX).
Ou, como escreveu Jó: “Você está apenas ferindo a si mesmo com sua ira…” (Jó 18:4). Em outras palavras, o ressentimento fere mais a nós do que quem nos feriu.

ESTABELECENDO FOCO.
Quando nos sentimos feridos, machucados diante dos conflitos, precisamos escolher como vamos reagir a isso.
“O problema não é o problema – O problema é a atitude em relação ao problema”. Kelly Young (artista plástico, nascido em Taiwan e radicado nos USA).
Vivendo e convivendo com pessoas teremos sempre a chance de sermos feridos. Reagir a isso se torna uma tarefa desafiadora.
No Natal de 1957, o Dr Martin Luther King Jr pregou um sermão na Dexter Avenue Baptist Church, em Montgomery, Alabama (USA), onde baseado em Mt 5:43-45 ele falou sobre a necessidade de “amar seus inimigos”. Ele então sugeriu três modos de fazer isso:
O primeiro é desenvolver e manter a capacidade de perdoar. Não é ignorar o erro, mas é crer num novo começo.
O segundo é reconhecer que o erro cometido contra nós não representa inteiramente a personalidade da outra pessoa.
E, em terceiro, não devemos ter por objetivo derrotar ou humilhar nosso semelhante, mas conquistar sua compreensão e amizade.
Esse tipo de atitude, diz ele, não brota de nós mesmos, mas de Deus, quando deixamos Seu amor incondicional agir em nós.
“Não podemos acrescentar dias a nossa vida, mas podemos acrescentar vida aos nossos dias”. Cora Coralina (poetisa brasileira)
O foi o Senhor Jesus que nos disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida…”
O Salmista completa seu pedido de socorro a Deus dizendo: “Em me vindo o temor, hei de confiar em Ti… Em Deus ponho a minha confiança e nada temerei” (Sl 56:3 e 4).

Coloque em Deus a sua confiança e que Ele o abençoe rica e abundantemente.
Em Cristo,

Rev. Hilder C Stutz  www.ipalpha.com.br/caf-com-deus



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