SAIBA O QUE FAZER SE TIVER SILICONE IRREGULAR

Compatilhar 11/01/2012 por admin Envie seu artigo! Clique aqui!

 

Médicos e governo orientam remoção apenas em caso de rompimento da prótese

Camila Neumam, do R7

 

As mulheres usuárias das próteses da marca francesa PIP devem procurar seu cirurgião ou o serviço de saúde onde colocaram as próteses para ver se há problemas. E devem trocá-las apenas se houver rompimento e vazamento do silicone. Essa é a primeira e máxima recomendação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância em Saúde) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, dois dos órgãos máximos que discutem os parâmetros da questão no país.

Brasileiras gastam até R$ 30 mil em cirurgias

Para José Roberto Klassmann, diretor adjunto da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), órgão que autoriza a comercialização de próteses no Brasil, “a mulher que tem a prótese PIP tem que procurar o mais rápido possível o serviço de saúde onde recebeu o implante”.

– E qualquer pessoa que tem implante de silicone deve fazer acompanhamento periódico.

Dada à avaliação médica e a comprovação de ruptura, adquirida por meio de exames, é que deve ser levada em conta a troca da prótese, explica José Horácio Aboudib Jr., presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

– Em caso de ruptura, deve-se imediatamente procurar o médico que a operou para saber que estado está a prótese e fazer a cirurgia para tirar. Caso não rompa, não há necessidade.

Mas afinal, tem como saber se a prótese está rompida? De acordo com Aboudib Jr., não. Isso porque, mesmo em casos de rompimento, a mulher tende a não sentir dor, nem a fissura da prótese. Tanto para próteses comuns, quanto para essa versão adulterada.

– Se não sentiu é porque não causou uma reação inflamatória importante. Porque se tiver, vai sentir dor, calor, vermelhidão. Mas se não perceber, é um sinal de que não houve uma irritação excessiva desse silicone.

Já em casos onde há sintomas, em especial inchaço de linfonodos ou vazamento para outras regiões do corpo, as pacientes têm que procurar um médico imediatamente, avisa o cirurgião.

Há perigo de câncer?

Depois da descoberta de 20 casos de câncer entre francesas que tinham a prótese, a relação entre o implante e a doença foi posto a prova. No entanto, não há evidências que a comprovem, segundo o mastologista Luiz Henrique Gebrin, diretor do departamento de Mastologia do Hospital Perola Biynton, em São Paulo.

– Não tem um trabalho que efetivamente comprove essa relação.

SUS

O R7 ainda questionou à Anvisa se a portadora da prótese pode procurar o SUS (Sistema Único de Saúde). A resposta de Klassmann foi positiva.

Se ela [portadora] estiver longe de onde foi feito esse implante, pode procurar o sistema de saúde público ou mesmo privado para fazer essa análise de situação de sua prótese.

Nesta sexta-feira (6), o Ministério da Saúde informou que o SUS irá financiar cirurgias plásticas e novas próteses mamárias para as brasileiras que implantaram silicone e precisam passar por reparação.

 



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