A Mulher e os Principais Problemas da Separação
Nós mulheres, mais românticas, sensitivas e intuitivas desde criancinha somos educadas para casar com o príncipe encantado.
Apaixonadas, casamos.
E não raras vezes sem profissão definida, sem economia própria, enlevadas na casinha de brinquedo conquistada.Pode não parecer de início, mas nessas hipóteses não raras vezes é trocado o sonho pela dura realidade.
Desfeito o sonho, cuidado, mesmo imersas na dor só aí nos damos conta de que pouca coisa sabemos daquele príncipe agora virado sapo.
Depois do primeiro baque, importante mesmo é não perder o controle de si mesma e agir.
Mas o que fazer? Por onde começar?
Aqui vão algumas dicas.
Antes da conversa definitiva e final, é bom saber coisas do tipo : que trabalho ele tem, quanto ganha, onde estão guardados os documentos importantíssimos, seus extratos bancários, a relação dos bens do casal, a ultima declaração de imposto de renda, os cartões de credito enfim, tudo que possa se precisar, provar o status que a família levava até então .
Estes são exemplos de documentos que devem ser tirado xerox não importando que o marido fique com os originais.
Porque isso?
Porque com os homens funciona a coisa mais ou menos assim: de inicio “meu bem meu bem “ e depois….. “meus bens meus bens”.
Se não nos precavermos antes, lá vamos nós com os filhos pendurados no pescoço para a casa dos nossos pais, sem um tostão no bolso porque ele escondeu tudo, para parecer o eterno pobre coitado.
Então simplesmente sair de casa pondo o chapéu na cabeça, com os brios feridos não é a melhor alternativa.
Pense, pela lei há dois modos de se separar: amigavelmente ( separação consensual) ou na briga ( separação litigiosa).
Na primeira, tudo é mais simples, e resolve-se num único papel onde se descreve com quem fica os filhos, e como será dividido o patrimonio. Isso é levado ao juiz que homologa o acordo já assinado pelo casal.
Na segunda tudo é mais difícil, e a separação pode levar anos.Isso acontece quando um dos dois não quer se separar e por isso coloca todo tipo de empecilhos para o outro.
Nesse caso entra-se com o pedido de divorcio no nome de um só ( aquele que quer se separar) e o juiz manda chamar o outro para dizer o que pensa e aí começa a briga, mas hoje não se fala mais em culpados.
Geralmente, as brigas são pela divisão do patrimônio, pela guarda dos filhos ou pela pensão, porém o divorcio acaba saindo mesmo que o outro não queira.
Mas lembre-se, além da dor imaterial, há a dor material a considerar por isso o ideal é consultar rapidamente um profissional que milite na área de família para lhe explicar todos os meandros da separação, caso a caso concreto.
Pouca gente sabe, mas a divisão do patrimônio vai depender do regime de bens adotado.
Hoje, agressões físicas, morais, adultério, ( será que existe, não) abandono do lar imotivado, são resolvidas através da apuração de danos, ou seja , dos prejuízos que devem ser provados.
Pergunta das mais comuns é saber quem sai da casa e quem fica.
Ficará quem mais rapidamente provar na Justiça dentro da medida cautelar de separação de corpos, que é o outro que precisa sair pela insuportabilidade da convivência em comum.
Caso importantíssimo é a mulher saber que em raríssimas vezes perderá a guarda natural dos filhos, muito embora o juiz pesquise qual dos dois pais tem condições melhores de cria-los, o que não quer dizer muitas vezes, ter mais dinheiro, mas o elenco de atributos concretos e imateriais para faze-lo.
Em igualdade de condições, a preferência é sempre da mãe, por isso não caiam na chantagem conhecida “ vou tirar os filhos de você”
Aliás, cuidado com outra chantagem também conhecida: de um lado, a mulher negando as visitas da criança ao pai, e em troca o homem negando pagar a pensão para sustentar os filhos ou vice versa.
Nessa hora qualquer tipo de sentimento menos altruísta do qual formos possuídas pela dor ou ciúme, não resolverá coisa alguma e só destruirá a cabecinha dos pequeninos que estarão em um momento muito difícil.
Item vital é o caso de se saber qual a pensão a ser paga a filhos, e excepcionalmente à mulher , ou ao homem, bem entendido, se necessitar para sobreviver.
A valorização do quanto a pagar está diretamente ligada ao preenchimento do binômio “possibilidade do alimentante” versus “necessidade dos alimentandos” o que vai depender de extensa prova.
Além dessas questões maiores ainda temos as menores como o nome a voltar a usar, a diferença entre separação e divorcio e quando se pode pedi-lo.
O tema não se encontra aqui esgotado mas resumidamente, o mais importante é não se deixar aniquilar pela dor do momento e agir obtendo o maior numero de informações possíveis junto ao profissional habilitado.
Feito tudo isso e muito mais, provavelmente você sairá do casamento sofrida sim, mas não lesada.