ABORTO: UM DIREITO OU CRIME?
ABORTO UM DIREITO OU CRIME
A mim não parece ser simplesmente legaliza-lo ou não, sob o argumento de que “as pessoas fá-lo-iam na mesma”
A corrente favorável à sua existência fala do direito que a mulher tem sobre seu próprio corpo e a corrente desfavorável fala de assassinato à vida de um filho que iria nascer, na medida em que o direito a vida acontece desde a concepção.
Então, ao que parece, a questão é saber quando começa a NOVA VIDA dentro do ventre materno, para se saber se houve uma ofensa a ela ou não.
Varias são as correntes, desde a fecundação do óvulo pelo espermatozoide, passando pelos estágios do recém fecundado, a nidação ou seja, quando o ovulo fecundado se fixa no útero, depois quando já embrião as células não se dividem mais, e finalmente quando se forma a vida cerebral, com terminações nervosas e comunicação com seus neurônios. E até há quem diga que o direito à vida é uma questão de grau, e que o feto vai progressivamente adquirindo maior direito à vida à medida que a gravidez avança no tempo.
Todas elas tem adeptos, e seus defensores provam por A mais B que cada corrente é a que está certa.
Por aí vemos que até hoje não se chegou a uma
Ora, se isso acontece, o que vale é haver o respeito integral a essa nova vida, e nessa medida é que entendo que o aborto é uma pratica condenável, seja feito com uma semana ou vinte e oito semanas de gravidez .
Ao que parece, deixando de lado as questões biológicas, morais, éticas ou legais, o que sobra mesmo é a pesquisa da questão da consciência da mulher para autorizar a pratica do ato que interrompe essa vida,Ninguem duvida que falar em aborto é um dos assuntos mais tormentosos da nossa vida, por envolver uma gama de considerações a favor e contra sua existência não importando quando ela tenha começado.
Então, fala-se de uma situação muito mais intrínseca e de foro intimo, do que o estudo cientifico da coisa, e se estamos falando de consciência, e cada um tem a sua, deve-se usa-la com responsabilidade sobre todos os atos de vida praticados.
Vai daí que, se um casal resolve manter relações sexuais e não quer ter filhos, deve saber como preveni-los, e ao contrario, se a intenção é te-los, a responsabilidade é a mesma, sob um aspecto diferente.
Logo, a mim me parece que a questão do aborto não é simplesmente o reconhecimento de direitos individuais, ou de se estar praticando um ato ilegal ou não, mas sim de se estar violando sua própria consciência .
Parecer pessoal de Maria Alice Azevedo Marques