AS ILEGALIDADES DOS PLANOS DE SAUDE
Os planos de saúde continuam a praticar ilegalidades que tanto a ANS quanto o Judiciário proíbem
STJ: “É abusiva a negativa de cobertura de tratamento indicado pelo médico.” (Tema 106, 1030, 1026 e pacífica jurisprudência).
Esta recusa contraria também o CDC artigo 51 IV
Portanto você deve se precaver se precisar usa-lo e ele negar o serviço.
Aqui vai as orientações:
Negativa de cirurgia ou procedimento sob a alegação de estar fora do rol da ANS
Os planos são obrigados a seguir o rol da ANS nas coberturas das principais doenças, e mesmo que sua doença não esteja no rol, havendo um laudo medico da indicação ( mesmo que particular ) eles terão que cumprir.
– Exemplo: PET-Scan, ressonância, exames genéticos, endoscopia, etc.
2. reajustes abusivos — especialmente para idosos
Ilegalidades comuns:
- aumento de 80%, 100% ou mais após 59 anos;
- aplicação de reajuste sem base atuarial;
- reajuste por sinistralidade sem transparência.
É Ilegal porque o STJ (Tema 952): reajustes por faixa etária só são válidos se razoáveis, proporcionais e com base técnica transparente.
- Estatuto do Idoso proíbe discriminação por idade (Lei 10.741/03, art. 15, §3º).
3. Recusa de cobertura de home care
Ilegal porque:
- STJ entende que o home care substitui a internação hospitalar, devendo ser coberto.
- Negativa configura violação ao direito à saúde.
Súmula 568 do STJ: planos devem cobrir tratamento essencial à recuperação.
4. rescisão unilateral de contrato plano individual/familiar
Ilegalidade:
- É proibido rescindir sem justa causa em plano individual ou familiar.
- A seguradora só pode cancelar por fraude ou inadimplência superior a 60 dias, com notificação prévia.
Base legal: Lei 9.656/98, art. 13, II.
5. limitação de número de sessões (psicologia, fono, to, nutrição, fisioterapia)
Desde 2022 a ANS proibiu limites, especialmente para TEA, TDAH, paralisia cerebral, transtornos de aprendizagem etc.
Ilegalidade: manter cláusula limitadora.
Base: RN 539/2022; RN 541/2022.
6. negativa de medicamentos de alto custo
Inclui imunobiológicos, quimioterapia oral, medicamentos hospitalares e de uso domiciliar.
Ilegal porque:
- STJ: medicamentos registrados na ANVISA devem ser cobertos.
- Não importa se é hospitalar ou domiciliar, se faz parte do tratamento da doença coberta.
7 Carência abusiva
Exemplos ilegais:
exigir carência superior aos limites legais:
24h para urgência e emergência;
300 dias para parto;
180 dias para cirurgias eletivas.
Base legal: Lei 9.656/98, art. 12.
8 Negativa por doença ou lesão preexistente
Ilegalidade: exigir cobertura parcial temporária sem perícia médica prévia.
CDC: presume boa-fé do consumidor.
STJ: para negar cobertura, o plano deve provar má-fé.
9 Violação ao dever de informação
Exemplo: contrato confuso, incompleto ou sem explicação clara sobre cobertura.
Ilegalidade:
- CDC, art. 6º, III — direito à informação clara, adequada e ostensiva.
Se a cláusula for dúbia, interpreta-se a favor do consumidor.
10. Atraso na autorização de cirurgia ou exame urgente
Demora excessiva provoca dano moral por atingir o dever de defender a saúde das pessoas:
Portanto se o seu plano provocar algumas dessas irregularidades corra até um advogado que irá lhe ajudar em seus direitos.
