Pinga

Compatilhar 26/02/2011 por Alexafd Envie seu artigo! Clique aqui!

Antigamente, no Brasil, para se ter melado, os escravos colocavam o caldo  da cana-de-açúcar em um tacho e levavam ao fogo. Não podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse.

Porém um dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por terminar,   os escravos simplesmente pararam e o melado desandou. O que fazer agora?

A saída que encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor.
No dia seguinte, encontraram o melado azedo fermentado). Não pensaram duas   vezes e misturaram o tal melado azedo com o novo e levaram os dois ao fogo.

Resultado: o “azedo” do melado antigo era álcool que aos poucos foi
evaporando   e formou no teto do engenho umas goteiras que pingavam constantemente. Era a cachaça já formada que pingava. Daí o nome “PINGA”.

Quando a pinga batia nas suas costas marcadas com as chibatadas dos feitores   ardia muito, por isso deram o nome de “ÁGUA-ARDENTE”.

Caindo em seus rostos   e escorrendo até a boca, os escravos perceberam que,com a tal goteira, ficavam   alegres e com vontade de dançar. E sempre que queriam ficar alegres repetiam o processo.

(História contada no Museu do Homem do Nordeste)



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