Relacionamentos saudáveis: A base da felicidade

Compatilhar 30/03/2010 por Maria Alice Azevedo Marques Envie seu artigo! Clique aqui!

Hoje as pessoas não vêem mais sentido em suportar um relacionamento por dever. Elas querem ser felizes e se não conseguem, sentem muito mais facilidade em se separar

Por Roberto Shinyashiki

A felicidade só é possível quando se constroem relacionamentos saudáveis. É pelos encontros que cultivamos em nossa vida, que vamos atingir a maturidade.

Cada vez mais as pessoas descobrem que precisam adotar uma nova maneira de se relacionar, na qual o contato signifique não só crescimento, mas um laço de união profunda entre elas. Um relacionamento construtivo segue a fórmula eu+tu+nós. Isso só se torna possível quando uma relação estimula o crescimento de cada pessoa e cria uma nova entidade, que vai além dos dois.

É triste ver uma união que não consegue evoluir, apesar da consideração que as pessoas têm uma pela outra. Antigamente, quando isso acontecia num casamento, o casal ficava junto apenas por obrigação. Os dois viviam infelizes até que a morte os separasse. Enquanto isso, destruíam-se. Apesar do sofrimento, lutava-se para manter as aparências.

Hoje as pessoas não vêem mais sentido em suportar um relacionamento por dever. Elas querem ser felizes e se não conseguem, sentem muito mais facilidade em se separar. Certamente, a separação não é a única solução para as dificuldades de convívio, mas continuar junto por dever não é mais suficiente. As pessoas querem e merecem mais.

Os relacionamentos de dependência
O modelo de dependência do passado está falido. Viver para controlar o outro é muito desgastante. Os donos do futuro têm claro que se não há mais espaço para os individualistas também já não há lugar para pessoas dependentes. O mundo atual exige que sejamos autônomos e capazes de administrar nossa vida. Não devemos confundir cooperação com dependência. Na empresa, é preciso que os relacionamentos estimulem as pessoas a desenvolver capacidade. É tanto trabalho, são tantas mudanças, que ninguém tem mais tempo de controlar os outros.

Nem o gerente tem tempo de verificar se a secretária fez o que combinaram nem ela tem tempo de mimá-lo. São duas pessoas autônomas que trabalham juntas pelo prazer de construir o sucesso da organização. Não se trata mais de relações como o do pai que cuida que a filha não se perca no mundo. Nem como o da mãe de antigamente que fazia a lição de casa para o filho.

Os casais começam a perceber que precisam se dar as mãos e trabalhar juntos pelos mesmos objetivos. A mulher está saindo de casa para se realizar como pessoa e participar da construção do orçamento da família. Os homens estão se dando conta de que seu papel já não é unicamente o de provedor, mesmo porque cada vez mais as mulheres recebem bons salários e, cada vez mais, salários superiores ao do companheiro. É preciso conceber uma nova forma de relacionamento, mais amigo e cooperativo, em que ambos sejam felizes para pensar, sentir e agir.

Os pais querem descobrir uma maneira de formar filhos mais autônomos. Percebem que criar filhos dependentes é um erro grosseiro. Primeiro porque se sentem sobrecarregados com a pressão do trabalho e segundo porque querem formar pessoas bem-sucedidas, capazes de decidir sobre a própria vida. Os pais percebem que, nas empresas, os profissionais submissos cada vez mais cedem seus postos a outros com mais iniciativa.

Conhecer bem o “eu” para construir relacionamentos mais plenos
O objetivo dessa conversa é ajudá-lo a ter mais consciência de sua maneira de se relacionar e de como criar um caminho mais pleno para estar com as pessoas que você ama. Vamos analisar os individualistas e os dependentes. Como vimos, os dependentes dividem-se em dois tipos: os dominadores, que têm poder e gostam de controlar, e os culpadores, aos quais podemos chamar dominados – na verdade, também dominam, porém de forma mais sutil, através da culpa.

Saídas para o crescimento
O dominador mergulhará nesse ciclo de relacionamentos simbióticos até descobrir que merece uma vida mais plena. Um belo dia acorda saturado do estilo dessa vida de admiração e começa a se perguntar se é feliz ou do que precisa para ser feliz. Então, geralmente, tem a sensação de haver desperdiçado sua vida.

1. Aprender a respeitar as decisões do outro
O dominador precisa aprender a respeitar as decisões alheias. Deve perceber que o crescimento de alguém não significa uma ameaça direta nem um ato de desamor. O outro simplesmente está fazendo o que gosta, quer cuidar de sua vida, e não magoar.

2. Parar de controlar a vida do outro
Querer controlar alguém é algo desgastante e inútil. É simplesmente uma ilusão. Você pode imaginar que, pelo fato de estar olhando e monitorando pessoas, tem poder sobre elas. Doce ilusão. O marido ciumento que controla a esposa é o que mais acaba por incitá-la à traição.

3. Pedir ajuda
Quando o dominador deixa de controlar o outro e passa a respeitá-lo, está apto a dar o terceiro passo, que é ter a humildade de pedir ajuda.

4. Conquistar o que o coração precisa
A publicidade cria muitos objetos de desejo que não têm a mínima importância para a felicidade. Infelizmente, muita gente desperdiça energia apenas para ser vista como uma pessoa de sucesso, deixando de valorizar aquilo que tem real importância em sua vida.

Roberto Shinyashiki é psiquiatra, escritor e conferencista – www.shinyashiki.com.br

Relacionamentos saudáveis: A base da felicidade
Hoje as pessoas não vêem mais sentido em suportar um relacionamento por dever. Elas querem ser felizes e se não conseguem, sentem muito mais facilidade em se separar

Por Roberto Shinyashiki

A felicidade só é possível quando se constroem relacionamentos saudáveis. É pelos encontros que cultivamos em nossa vida, que vamos atingir a maturidade.

Cada vez mais as pessoas descobrem que precisam adotar uma nova maneira de se relacionar, na qual o contato signifique não só crescimento, mas um laço de união profunda entre elas. Um relacionamento construtivo segue a fórmula eu+tu+nós. Isso só se torna possível quando uma relação estimula o crescimento de cada pessoa e cria uma nova entidade, que vai além dos dois.

É triste ver uma união que não consegue evoluir, apesar da consideração que as pessoas têm uma pela outra. Antigamente, quando isso acontecia num casamento, o casal ficava junto apenas por obrigação. Os dois viviam infelizes até que a morte os separasse. Enquanto isso, destruíam-se. Apesar do sofrimento, lutava-se para manter as aparências.

Hoje as pessoas não vêem mais sentido em suportar um relacionamento por dever. Elas querem ser felizes e se não conseguem, sentem muito mais facilidade em se separar. Certamente, a separação não é a única solução para as dificuldades de convívio, mas continuar junto por dever não é mais suficiente. As pessoas querem e merecem mais.

Os relacionamentos de dependência
O modelo de dependência do passado está falido. Viver para controlar o outro é muito desgastante. Os donos do futuro têm claro que se não há mais espaço para os individualistas também já não há lugar para pessoas dependentes. O mundo atual exige que sejamos autônomos e capazes de administrar nossa vida. Não devemos confundir cooperação com dependência. Na empresa, é preciso que os relacionamentos estimulem as pessoas a desenvolver capacidade. É tanto trabalho, são tantas mudanças, que ninguém tem mais tempo de controlar os outros.

Nem o gerente tem tempo de verificar se a secretária fez o que combinaram nem ela tem tempo de mimá-lo. São duas pessoas autônomas que trabalham juntas pelo prazer de construir o sucesso da organização. Não se trata mais de relações como o do pai que cuida que a filha não se perca no mundo. Nem como o da mãe de antigamente que fazia a lição de casa para o filho.

Os casais começam a perceber que precisam se dar as mãos e trabalhar juntos pelos mesmos objetivos. A mulher está saindo de casa para se realizar como pessoa e participar da construção do orçamento da família. Os homens estão se dando conta de que seu papel já não é unicamente o de provedor, mesmo porque cada vez mais as mulheres recebem bons salários e, cada vez mais, salários superiores ao do companheiro. É preciso conceber uma nova forma de relacionamento, mais amigo e cooperativo, em que ambos sejam felizes para pensar, sentir e agir.

Os pais querem descobrir uma maneira de formar filhos mais autônomos. Percebem que criar filhos dependentes é um erro grosseiro. Primeiro porque se sentem sobrecarregados com a pressão do trabalho e segundo porque querem formar pessoas bem-sucedidas, capazes de decidir sobre a própria vida. Os pais percebem que, nas empresas, os profissionais submissos cada vez mais cedem seus postos a outros com mais iniciativa.

Conhecer bem o “eu” para construir relacionamentos mais plenos
O objetivo dessa conversa é ajudá-lo a ter mais consciência de sua maneira de se relacionar e de como criar um caminho mais pleno para estar com as pessoas que você ama. Vamos analisar os individualistas e os dependentes. Como vimos, os dependentes dividem-se em dois tipos: os dominadores, que têm poder e gostam de controlar, e os culpadores, aos quais podemos chamar dominados – na verdade, também dominam, porém de forma mais sutil, através da culpa.

Saídas para o crescimento
O dominador mergulhará nesse ciclo de relacionamentos simbióticos até descobrir que merece uma vida mais plena. Um belo dia acorda saturado do estilo dessa vida de admiração e começa a se perguntar se é feliz ou do que precisa para ser feliz. Então, geralmente, tem a sensação de haver desperdiçado sua vida.

1. Aprender a respeitar as decisões do outro
O dominador precisa aprender a respeitar as decisões alheias. Deve perceber que o crescimento de alguém não significa uma ameaça direta nem um ato de desamor. O outro simplesmente está fazendo o que gosta, quer cuidar de sua vida, e não magoar.

2. Parar de controlar a vida do outro
Querer controlar alguém é algo desgastante e inútil. É simplesmente uma ilusão. Você pode imaginar que, pelo fato de estar olhando e monitorando pessoas, tem poder sobre elas. Doce ilusão. O marido ciumento que controla a esposa é o que mais acaba por incitá-la à traição.

3. Pedir ajuda
Quando o dominador deixa de controlar o outro e passa a respeitá-lo, está apto a dar o terceiro passo, que é ter a humildade de pedir ajuda.

4. Conquistar o que o coração precisa
A publicidade cria muitos objetos de desejo que não têm a mínima importância para a felicidade. Infelizmente, muita gente desperdiça energia apenas para ser vista como uma pessoa de sucesso, deixando de valorizar aquilo que tem real importância em sua vida.

Roberto Shinyashiki é psiquiatra, escritor e conferencista – www.shinyashiki.com.br



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