Compatilhar 30/06/2017 por Maria Alice Azevedo Marques Envie seu artigo! Clique aqui!

Ralph Waldo
Quando eu era pequeno, tinha um velho vizinho chamado Dr. se parecia com nenhum médico que eu jamais houvesse as vezes em que eu o via, ele estava vestido com um macacão e um chapéu de palha cuja aba da frente era de plástico  verde transparente.
Sorria muito, um sorriso que combinava com seu chapéu e bastante gasto. Nunca gritava conosco por brincarmos em seu jardim.
Lembro-me dele como alguém muito mais gentil do que as circunstancias justificariam.justificariam,
Quando o Dr. Gibbs não estava salvando vidas, estava plantando árvores. Sua casa localizava-se em um terreno de dez acres, e seu objetivo na vida era transformá-lo em uma floresta.
O bom doutor possuía algumas teorias interessantes a respeito Ele era da escola do “sem sofrimento não há crescimento”. Nunca regava as novas árvores, o que desafiava abertamente a sabedoria convencional.
Uma vez perguntei-lhe por quê. Ele disse que molhar as plantas deixava-as  mimadas e que, se nós as molhássemos, cada geração sucessiva cresceria cada vez mais fraca. Portanto, tínhamos que tornar as coisas difíceis para elas e eliminar as árvores fracas logo de início.
Ele falou sobre como regar as árvores fazia com que as raízes não se aprofundassem, e como as árvores que não eram regadas tinham que criar raízes mais profundas para procurar umidade. Achei que ele queria dizer que raízes profundas deveriam ser apreciadas.
Portanto, ele nunca regava suas arvores . Plantava um carvalho e ao invés de rega-lo todas as manhãs, batia nele com jornal enrolado. Smack! Stape! Pou! Perguntei-lhe por que fazia isso e ele disse que era para chamar a atenção da árvore.
O Dr Dr Gibbs faleceu alguns anos depois. Sai de casa. de vez em quando passo por sua casa e olho para as arvores que vi plantar há cerca a de vinte e cinco anos. Estão fortes como granito agora Grandes e robustas. Aquelas arvores acordam pela manhã, batem no peito e bebem café sem açúcar.
Plantei algumas árvores há alguns anos. Carreguei água durante um verão inteiro. Borrifei-as. Rezei por elas. Todos os nove metros do meu jardim. Dois anos de mimos resultaram em árvores que querem ser  servidas e paparicadas. Sempre que sopra um vento frio, elas balançam os galhos. Árvores maricas.
Uma coisa engraçada a respeito das árvores do Dr. Gibbs: a adversidade e a privação pareciam beneficiá-las de um modo que o conforto e a  tranquilidade nunca conseguiriam.
Todas as noites, antes de ir dormir, dou uma olhada em meus dois filhos. Olho-os de cima e observo seus corpinhos, o sobe e desce da vida dentro deles. Frequentemente rezo por eles. Rezo principalmente vidas fáceis. “Senhor, poupe-os do sofrimento.” Mas, ultimamente, venho pensando que é hora de mudar minha oração.
Essa mudança tem a ver com a inevitabilidade dos ventos gelados que nos atingem em cheio. Sei que meu filhos irão encontrar dificuldades e minha oração para que isto não aconteça é ingênua. Sempre há um vento gelado soprando em algum lugar.
Portanto, estou mudando minha oração vespertina. Porque a vida é dura quer o desejemos ou não. Ao invés disso, vou rezar para que as raizes dos meus filhos sejam profundas, para que eles possam retirar forças das fescondidas do Deus eterno.
Muitas vezes rezamos por tranqüidade, mas essa é uma graça difícil alcançar. O que precisamos fazer é rezar por raízes que alcancem o fundo do Eterno, para que quando as chuvas caiam e os ventos soprem não sejamos varridos em direções diferentes.

Phipip Gulley



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