Falta Trabalho ou Falta Atitude

Compatilhar 14/01/2010 por admin Envie seu artigo! Clique aqui!

Por José Luiz Tejon

Não é o conhecimento, ou mesmo a habilidade o que diferencia um ótimo profissional de um comum. Trata-se fundamentalmente de uma atitude pró-ativa perante o mundo.

Os empregos não têm crescido e em diversos setores diminuem. Uma das questões é a tecnologia, a mecanização, a robotização. Em alguns outros setores como telemarketing, sistemas de entregas, vendas diretas estão aumentando. Porém, na média a coisa não anda bem, no mundo inteiro na ótica da geração de empregos.

Intrigantemente, por outro lado, é muito difícil encontrarmos um empresário ou dirigente de empresas feliz com o empenho, a dedicação e a performance do seu quadro de colaboradores. E, esse é um fenômeno antigo. Pareto, um cientista italiano no século passado, descobriu uma relação terrível de causa e efeito no mundo: a curva de Pareto ou a relação 80×20. Significa que 80% dos resultados são gerados por apenas 20% dos agentes. Chega a ser revoltante, mas, ao longo de toda uma vida como executivo e professor, pude constatar que: 20% dos vendedores de uma empresa geram 80% das vendas; 20% dos revendedores de uma empresa obtém 80% dos melhores negócios; 20% dos produtores rurais de qualquer cidade ou cooperativa do país geram 80% da produção; 20% dos alunos de uma classe são brilhantes e 80% vão da média para o insatisfatório.
E, falta emprego!!!??. Onde o emprego existe, costumamos carregar cerca de 80% das pessoas com performance medianas e abaixo da média. Qual a causa desse efeito horroroso da curva de Pareto? Penso ser a atitude! Verifico que as pessoas que se encontram no lado medíocre do desempenho têm, acima de tudo, uma atitude errada perante a vida. Ou melhor, uma falta de atitude.
Reparo que não é o conhecimento, ou mesmo a habilidade o que diferencia um ótimo profissional de um comum. Trata-se fundamentalmente de uma atitude pró-ativa perante o mundo. Mais do que tudo, a pessoa ou o profissional que toma para si a responsabilidade pelos resultados que colhe ao longo das suas experiências de vida.
Dessa forma observo muitas pessoas em ótimas organizações com bons empregos, com possibilidades ótimas de crescimento, jogarem isso fora de maneira infantil como a criança que perde o encanto pelo brinquedo novo. Começam a reclamar da vida, do chefe, da economia, do concorrente, do cliente, do fornecedor. Nada presta em volta. E, a responsabilidade pelos seus resultados costuma ser sempre culpa do outro. Ou do azar!
Por outro lado, aquele grupo dos 20% que resulta em 80% do que é produzido, lida bem com a adversidade, é criativo e transforma “lixo em luxo”. Ou seja, faz do obstáculo uma ponte para o progresso. Tomam o destino próprio, da empresa ou de uma comunidade nas suas mãos e criam valor, geram riqueza onde antes só havia deserto.
Acredito cada vez menos nas pessoas que não assumem definitivamente para si mesmas a relação total entre causa e efeito, o livre arbítrio, no comando e em tudo o que conseguem nas suas vidas. A colheita é o resultado da sua atitude!

José Luiz Tejon Megido é autor do livro “O Vôo do Cisne”, professor de MBA de marketing e vendas da ESPM e mestre em educação, artes e história da cultura.



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